Influência da rotina acadêmica, alimentação e práticas de exercícios físicos no desenvolvimento da síndrome metabólica
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Palavras-chave

Síndrome metabólica
Obesidade e sobrepeso
Estudantes universitários

Como Citar

MAGRIN, . F.; BEM, . C. P.; CAMARGO, . F. de; OLIVEIRA, . F. de. Influência da rotina acadêmica, alimentação e práticas de exercícios físicos no desenvolvimento da síndrome metabólica. Revista Científica da FHO|Uniararas, Araras, SP, v. 8, n. 1, p. 80–90, 2020. DOI: 10.55660/revfho.v8i1.10. Disponível em: https://ojs.fho.edu.br:8481/revfho/article/view/10. Acesso em: 9 out. 2024.

Resumo

O papel da rotina acadêmica, alimentação e práticas de exercícios físicos no desenvolvimento da Síndrome Metabólica (SM) têm sido estudado em relação a cada um de seus componentes: obesidade visceral (níveis elevados da circunferência abdominal), dislipidemias (aumento do triglicérides e diminuição do HDLcolesterol), alterações no metabolismo da glicose e hipertensão arterial. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da rotina acadêmica, alimentação e práticas de exercícios físicos no desenvolvimento da SM nos contextos atuais. Neste estudo, avaliaram-se 52 universitários de Ensino Superior da Fundação Hermínio Ometto (FHO), no município de Araras/SP, sendo que 71,15% eram do sexo feminino e 28,85% do sexo masculino com idade média de 22,98 ± 5,70, entre a faixa etária de 18 a 47 anos. Todos os participantes foram submetidos a jejum de 12 horas para a realização dos exames: colesterol total, triglicérides, HDLcolesterol e glicemia de jejum. Além de preencherem um questionário com informações sobre alimentação, práticas de exercícios físicos, tabagismo e etilismo. Observou-se que 53,85% eram sedentários; 11,54% fumantes usuais e 17,31% relataram ingerir bebida alcoólicas por três ou mais vezes na semana. Em 19,2% da população, a circunferência abdominal mostrou-se elevada e 40,38% estavam em condições de sobrepeso ou obesidade. Quanto aos exames bioquímicos, 1,92% dos estudantes estavam com a glicemia de jejum elevada e 9,62% com hipertrigliceridemia, dos quais 80% apresentaram HDL-colesterol baixo. Por fim, 3,85% encontravam-se com a pressão arterial ≥130/85mmHg. Do total de estudantes analisados, 25% apresentaram de um a dois fatores de risco para o diagnóstico da SM, e 3,85% três ou mais. Em conclusão, esse perfil reforça a importância do monitoramento e o diagnóstico precoce na população em questão com o intuito de reduzir o risco de desenvolvimento da SM.

https://doi.org/10.55660/revfho.v8i1.10
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