Resumo
Radiações ultravioletas penetram na pele e causam danos no DNA e RNA. Esses danos levam à maior resistência dos queratinócitos a apoptose, e assim resultam no acúmulo de alterações no DNA e em proteínas, facilitando, em indivíduos predispostos a câncer e expostos ao sol, a carcinogênese. O melanoma cutâneo, que é considerado um dos tumores maligno com maior incidência de metástase, sendo originado nos melanócitos, leva a um aumento da proliferação e invasão das células carcinógenas. Pode ser classificado em quatro subtipos tais como o melanoma em lentigo maligno, melanoma disseminativo, melanoma nodular e melanoma acral. Assim, a forma mais eficaz de prevenção contra essas alterações seria a menor exposição solar juntamente com o uso adequado de protetor solar que são classificados em dois tipos: orgânicos (químicos) e inorgânicos (físicos). A eficácia desses protetores ocorre através de sua capacidade de absorção e reflexão da radiação ultravioleta. Neste trabalho realizou-se uma pesquisa com os alunos do Centro Universitário Hermínio Ometto – UNIARARAS, de ambos os sexos, numa faixa etária de 18 a 25 anos, para comprovar a relação do uso correto do filtro protetor solar com a incidência do câncer de pele. Foram coletados 245 questionários respondidos, sendo 73% do sexo feminino e 27% do sexo masculino. Através desses questionários, analisamos a etnia e o fototipo predominante, a utilização do filtro solar, o intervalo de exposição à radiação ultravioleta, o FPS mais utilizado, a reaplicação do fotoprotetor e os casos de lesões de pele pessoal e familiar. Assim, os resultados sugerem que não houve relação do uso correto do filtro protetor solar com a incidência do câncer de pele.
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