Tecnologias de informação e comunicação na formação de professores
PDF

Palavras-chave

Formação de professores
Tecnologias no ensino
Interação entre professores e alunos

Como Citar

ALVARENGA, . E. A. Tecnologias de informação e comunicação na formação de professores. Revista Científica da FHO|Uniararas, Araras, SP, v. 1, n. 1, p. 30–39, 2013. DOI: 10.55660/revfho.v1i1.134. Disponível em: https://ojs.fho.edu.br:8481/revfho/article/view/134. Acesso em: 22 nov. 2024.

Resumo

A Educação a Distancia ou ensino mediado por recursos tecnológicos tem sido recomendada a um grande número de pessoas, principalmente a professores de Educação Básica que não realizaram um curso superior. Essa recomendação tem sido alvo de muitas críticas e polêmicas, principalmente no que se refere à metodologia do curso, à adequação dos materiais, à preparação dos docentes e tutores e, consequentemente, à eficácia no processo de ensino e aprendizagem e formação. O presente estudo teve como objetivo analisar como Tecnologias da Informação e Comunicação, mais especificamente o computador, a teleconferência e a videoconferência, foram didaticamente usadas no curso de formação continuada de professores intitulado PEC-Formação Universitária. Participaram do estudo 228 pessoas envolvidas com o curso, sendo 190 alunos que o realizaram na cidade de Campinas-SP, 11 tutores desses alunos, 10 docentes que atuaram com alunos do polo desse município e 17 profissionais envolvidos com o gerenciamento e desenvolvimento do curso. Os dados foram coletados presencialmente por meio de questionários, entrevistas semiestruturadas e observações, sendo analisados quantitativa e qualitativamente. Os resultados mostraram que o uso de tecnologias consideradas interativas não foi suficiente para garantir a interação ou comunicação entre professores e alunos. O recurso da videoconferência permitia que professores e alunos pudessem compartilhar ideias e experiências em tempo real, mas isso não acontecia com a frequência que poderia. As ferramentas de comunicação do ambiente virtual de aprendizagem utilizado também não foram muito exploradas. Entende-se que a educação que envolve o uso de tecnologias requer não somente disponibilização e manutenção de equipamentos e capacitação para que aqueles que farão o curso saibam manuseá-las, mas cuidados pedagógicos, ou seja, uma preocupaçãoconstante com a qualidade do conteúdo e da interação entre professores e alunos.

https://doi.org/10.55660/revfho.v1i1.134
PDF

Referências

ALONSO, K. M. Novas tecnologias e formação de professores: um intento de compreensão. Reunião Anual da ANPED, Caxambu, 1999.

BELLONI, M. L. Ensaio sobre a educação a distância no Brasil. Educação & Sociedade, n. 78, ano XXIII, p. 117-142, abr. 2002.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 20 de dezembro de 1996. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf. Acesso em: 29 maio 2013.

CNE/CEB. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO/CÂMARA DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Consulta tendo em vista a situação formativa dos professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental e da Educação Infantil. Brasília: CNE/CEB, n. 03/2003. Disponível em: www.mec.gov.br/cne/parecer2shtm> Acesso em: 15 maio 2003.

CRUZ, D. M.; BARCIA, R. M. Educação a distância por videoconferência. Tecnologia Educacional. v. 29, n. 150/151, p. 3-10, jul./dez. 2000.

CYRS, T. Teaching and Learning at a distance: what it takes to effectively design, deliver, and evaluate programs. New directions for teaching and learning, San Francisco, n. 71, 1997.

FIELD, J. The art of video-conferencing. Adults Learning, p. 36-37, oct. 1995.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 28. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 6. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1989.

MOORE, M. G. Teoria da Distância Transacional. In: KEEGAN, D. Theoretical principles of Distance Education. Traduzido por Wilson Azevedo. London: Routledge, 1993, p. 22-38. Disponível em: http://www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm. Acesso em: 5 fev. 2004.

NISKIER, A. Educação a Distância. A tecnologia da esperança. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2000.

PALLOF, R. M.; PRATT, K. Construindo comunidades de aprendizagem no ciberespaço. Porto Alegre: Artmed, 2002.

SAVIANI, D. A Nova Lei da Educação. LDB. Trajetórias, Limites e Perspectivas. Campinas: Autores Associados, 1997.

SEED/MEC-Secretaria de Educação a Distância/Ministério da Educação e do Desporto. Indicadores de qualidade para cursos de graduação a distância. Tecnologia Educacional. v. 289, n. 149, p. 3-11, abr./maio/jun. 2000.

SEE/SP-Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. PEC-Formação Universitária. Modelo de Gestão. maio 2002.

SOUZA, E. C. B. Ensino a distância e capacitação de Recursos Humanos. Tecnologia Educacional. v. 25, n. 139, p. 19-24, nov./dez. 1997.

VALENTE, J. A. Criando ambientes de aprendizagem via rede telemática: experiências na formação de professores para o uso da informática na educação. In: VALENTE, J. A. (Org.). Formação de educadores para o uso da informática na escola. Campinas: UNICAMP/NIED, 2003.

WAHRHAFTING, R.; FERRAZZA, A. M.; RAUPP, M. Portas abertas para a Educação Superior. Curitiba: Fundação Universidade Eletrônica do Paraná, 2001.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2013 Cacilda Encarnação Augusto Alvarenga

Downloads

Não há dados estatísticos.