Análise do nível de conhecimento da população na intercambialidade de medicamentos
PDF

Palavras-chave

intercambialidade de medicamentos;
medicamento de referência;
medicamentos genéricos;
medicamentos similares;
assistência farmacêutica

Como Citar

SANTOS, . S. .; SILVA, . N. da .; NAVARRO, . F. Análise do nível de conhecimento da população na intercambialidade de medicamentos . Revista Científica da FHO|Uniararas, Araras, SP, v. 10, n. 1, p. 11–20, 2023. DOI: 10.55660/revfho.v10i1.176. Disponível em: https://ojs.fho.edu.br:8481/revfho/article/view/176. Acesso em: 22 nov. 2024.

Resumo

Desde os primórdios da humanidade, os medicamentos sempre foram necessários para se combater a maioria das enfermidades. Com o passar dos anos, pesquisas impulsionaram uma evolução no ramo da Farmácia, promovendo a compreensão dos mecanismos moleculares, celulares e homeostáticos relacionados à saúde e à doença. No mercado brasileiro, os medicamentos são divididos em categorias, como medicamentos de referência, genéricos e equivalentes. No Brasil, o SUS garante medicamentos com acesso igualitário, caracterizando uma importante estratégia para o controle de doenças. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo, analisar o entendimento da população quanto à intercambialidade e ao crescimento dos medicamentos genéricos. Para isso, foram utilizadas fontes que abordaram a intercambialidade e o comportamento da população perante o tema, visando ao papel do profissional farmacêutico e à assistência farmacêutica que contribui para que a intercambialidade seja mais que uma opção rentável e segura, garantindo também o tratamento adequado e o uso racional de medicamentos. Durante as pesquisas realizadas para este estudo, foi constatado que o consumo de medicamentos por pessoas do sexo feminino é mais evidente, e que a escolaridade, a qualidade e o preço mais acessível são fatores que contribuem para a escolha do medicamento genérico. Conclui-se que, diante do contexto de desigualdade financeira no país e do envelhecimento da população, surge a necessidade da implantação de políticas públicas e novos programas de incentivo aos medicamentos genéricos e similares, sendo que, esse último, não é reconhecido pela população, o que leva à prática da intercambialidade indevida.

https://doi.org/10.55660/revfho.v10i1.176
PDF

Referências

ALMEIDA, M. C. P. et al. Intercambialidade entre medicamentos de referência e similar. Brazilian Journal o Development, [s. l.], v.6, n. 12, Dez. 2020.

ANGONESI, D.; SEVALHO, G. Atenção farmacêutica: fundamentação conceitual e crítica para um modelo brasileiro. Ciência & Saúde Coletiva, [s. l.], v. 15, n. 3, p. 3603-3614, Nov. 2010.

ARAÚJO, L. et al. Medicamentos genéricos no Brasil: panorama histórico e legislação. Revista Panam Salud Pública, [s. l.], v. 28, n. 6, p. 480-92, 2010.

BARATA-SILVA, C. et al. Desafios ao controle da qualidade de medicamentos no Brasil. Caderno de Saúde Coletiva, [s. l.], v. 25, n. 3, p. 362-370, 2017.

BLATT, C. R. et al. Conhecimento popular e utilização dos medicamentos genéricos na população do município de Tubarão. Ciências e Saúde Coletiva, [s. l.], v. 17, p. 79-87, 2012.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei n° 6.360, de 23 de setembro de 1976. Dispõe sobre a Vigilância Sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF. Disponível em: https://aeap.org.br/wp-content/uploads/2019/10/l ei_federal_6360_de_23_de_ setembro_de_1976.pdf . Acesso em: 4 mar. 2021.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei nº 13.021, de 8 de agosto de 2014. Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13021.htm. Acesso em: 3 abr. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 135, de 29 de maio de 2003. Aprova regulamento técnico para medicamentos genéricos. Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucao_sanitaria/ 135.pdf. Acesso em: 20 fev. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 58, de 10 de outubro de 2014. Dispõe sobre as medidas a serem adotadas junto à Anvisa pelos titulares de registro de medicamentos para a intercambialidade de medicamentos similares com o medicamento de referência. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0058_10_10_2014.pdf. acesso em: 26 mar. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 200, de 26 de dezembro de 2017. Dispõe sobre os critérios para a concessão e renovação do registro de medicamentos com princípios ativos sintéticos e semissintéticos, classificados como novos, genéricos e similares, e dá outras providências, Brasília, DF. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/ptbr/setorregulado/regularizacao/medicamentos /genericos/registro-de-genericos. Acesso em: 24 mar. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999. Dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece o medicamento genérico, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil: seção 1, Brasília, DF, p. 112. 11 fev. 1999.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de assistência farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde do SUS. Brasília, DF, 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 3.916, de 30 de outubro de 1998. Dispõe sobre a Política Nacional de Medicamentos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasil, DF. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt3916_30_10_1998.html. acesso em: 25 mar. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Assistência farmacêutica na atenção básica: instruções técnicas para sua organização. Brasília, DF, 2 ed., 2006.

BRASIL. Resolução RDC nº 51, de 15 de agosto de 2007. Altera o item 2.3, VI, do Anexo I, da Resolução RDC nº 16, de 2 de março de 2007 e o Anexo da Resolução RDC nº 17, de 2 de março de 2007. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-bebidas/resolucao-rdc-no-51-de-26-de-novembro-de-2010.pdf/view. Acesso em: 12 jan. 2021.

CORRAL, F. S. D. et al. Do boticário ao farmacêutico: o ensino de farmácia na Bahia de 1815 a 1949. [S.l.]: Edufba, p. 190, 2009.

DELFIM, A. S. P.; MARIÑO, P. A. Avaliação do conhecimento e utilização dos medicamentos genéricos após 18 anos da sua implantação. Revista de Mostra de Trabalhos de Conclusão de Curso. v. 1, n. 1, 2017.

FERNANDES, J. A. et al. Aceitação do medicamento genérico em diferentes níveis de escolaridade e renda familiar do Distrito Federal. Cenarium Pharmacêutico. n. 4, 2011.

FREITAS, M. S. T. Intercambialidade entre medicamentos genéricos e similares de um mesmo medicamento de referência. 2016. Tese (Doutorado) – Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9139/tde-14122016-093243/pt-br.php. Acesso em: 5 jan. 2021.

GARCIA, L. L. O. et al. Análise do nível de conhecimento da população sobre os medicamentos genéricos em comparação aos de referência e similares na cidade de Belém, Pará. Revista Amazônica de Ciências Farmacêuticas Universidade da Amazônia, v. 15, n. 3, p. 1-15, 2020.

GOMES, C. A. P. et al. A assistência farmacêutica na atenção à saúde. 2. ed. Belo Horizonte: Editora Fundação Ezequiel Neves, 2010.

GUTTIER, M. C. et al. Percepção, conhecimento e uso de medicamentos genéricos no Sul do Brasil: o que mudou entre 2002 e 2012. Cadernos de Saúde Pública, Pelotas, v. 32, n. 7, p. 1, 2016.

LAPORTE, J. R. et al. Epidemiologia do medicamento: princípios gerais. Rio de Janeiro: Editora Hucitec-Abrasco, 293 p., 1989.

LIMA, R. Q. et al. Intercambialidade entre medicamentos de referência e similar/interchangeability between reference drugs and similar. Brazilian Journal of Development, [s.l.], v. 6, n. 12, p. 21, 2020.

LIRA, C. A. B. et al. Knowledge, perceptions and use of generic drugs: a cross sectional study. Fap Unifesp Einstein, [s.l.], v. 12, n. 3, p. 267-273, 2014.

MASTROIANNI, P. C.; LUCCHETTA, R. C. Regulamentação Sanitária de Medicamentos. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, [s.l.], v .32, n. 1, p.127-132, 2011.

MELO, D. O. et al. A importância e a história dos estudos de utilização de medicamentos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. São Paulo, v. 42, n. 4, p. 476-485, 2006.

MOREIRA, R. F. Determinação do perfil farmacocinético de medicamentos contendo fármacos de ação central. 2014. Tese (Doutorado)– Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, 2014. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP311494/1/Moreira_RobertoFernandes_D.pdf. Acesso em: 4 abr. 2021.

NARDI, E. P.; FERRAZ, M. B. Percepção de valor de medicamentos genéricos em São Paulo, Brasil. Caderno de Saúde Pública on-line, São Paulo, v .32, n. 2, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311x00038715. Acesso em: 25 abr. 2021.

NOVARETTI, M. C. Z. et al. Desafios na gestão de medicamentos genéricos no Brasil: da produção ao mercado consumidor. Enanpa, p. 1-16, 2014.

PALMERO, E. M. M.; SIMÕES, M. J. S. Estudo comparativo dos medicamentos genéricos com os demais medicamentos em cidade do interior do estado de São Paulo. Revista Pharmacia Brasileira, Brasília, v. 10, n. 52, p. 8-15, mar./abr. 2006.

PINTO, A. C.; BARREIRO, E. J. Desafios da indústria farmacêutica brasileira. Revista Química Nova, [s.l.], v. 36, n. 10, p. 17- 24, 2013.

REZENDE, I. N. Literatura, história e farmácia: um diálogo possível. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, [s.l.], v. 22, n. 3, p. 813-828, 2015.

ROCHA, C. E. et al. Levantamento de dados sobre o conhecimento e informação acerca dos medicamentos genéricos em uma população de pacientes do serviço de saúde ambulatorial do Recife, Pernambuco, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, [s.l.], v. 23, n. 5, p. 1141-1150, 2007.

ROSENBERG, G.; FONSECA, M. G. D. Medicamentos genéricos no Brasil: um estudo sobre a característica da demanda. Universidade Federal do Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, 2009.

RUMEL, D. et al. Intercambialidade de medicamentos: abordagem clínica e o ponto de vista do consumidor. Revista de Saúde Pública, [s.l.], v. 40, n. 5, p. 921-927, 2006.

SANTOS, P. A. et al. Conhecimento da população em relação a medicamentos de referência, genéricos e similares na cidade de São José dos Campos. Universidade do Vale do Paraíba, p. 1-4, 2008.

SILVA, A. K. O. et al. A importância da intercambialidade e dos medicamentos genéricos e similares. Revista Referências em Saúde da Faculdade Estácio de Sá de Goiás, [s.l.], v. 2, n. 3, p. 8-21, 2019.

SOUSA, C. V. et al. Análise da decisão de compra de medicamentos frente à existência de produtos substitutos: um estudo no município de Belo Horizonte, Brasil. Ciências e Saúde Coletiva, [s.l.], v. 11, n. 18, p. 3311-3320, 2013.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Downloads

Não há dados estatísticos.