Principais microrganismos na lesão por pressão
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Palavras-chave

Pacientes
Lesão por pressão
Microrganismos
Tratamento

Como Citar

MARIANO, . G.; BERETTA, . L. R. Z. Principais microrganismos na lesão por pressão: uma revisão literária. Revista Científica da FHO|Uniararas, Araras, SP, v. 7, n. 1, p. 94–98, 2019. DOI: 10.55660/revfho.v7i1.33. Disponível em: https://ojs.fho.edu.br:8481/revfho/article/view/33. Acesso em: 9 out. 2024.

Resumo

As lesões por pressão (LP) são uma das preocupações atuais não somente em hospitais,como também para home care e familiares que cuidam de seus acamados. Em alguns casos, essas lesões podem causar a morbidade e até a mortalidade, impactando a qualidade de vida. No Brasil, a incidência de LP tem variado entre 13,3 e 62,5% e a prevalência entre 9,2 e 37,41%, dependendo da população e região do estudo, sendo um problema de saúde persistente. Segundo a National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), define a LP como uma área de morte celular em que ocorre compressão de contato de tecido mole, entre uma proeminência óssea e uma superfície dura, por um prolongado período de tempo. A fricção, a diminuição de sensibilidade, a imobilidade e o estado nutricional são destacados como fatores de riscos potenciais para o desenvolvimento de LP, bem como a exposição da pele à excessiva umidade, provocada, sobretudo, por incontinência urinária e transpiração. A LP causa má circulação sanguínea, e não sendo tratada, acarreta em necrose de tecido, que apresenta exsudato e secreções, local propício para o aparecimento de microrganismos, lembrando-se também do uso indiscriminado de antibióticos que estamos vivendo, tornando-os cada vez mais difíceis de combater. O presente estudo objetivou verificar a prevalência dos principais microrganismos presentes na LP, como também a investigação laboratorial do uso de antibiograma de difusão na antibioticoterapia, através de revisão bibliográfica, em busca de dados bibliográficos nos bancos PubMed, Lilacs e Scielo, selecionando publicações nacionais e internacionais. Os resultados microbianos encontrados são, em sua maioria, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli. A resistência à antimicrobianos é alarmante, dificultando a terapêutica e aumentando os riscos damorbimortalidade que se eleva em pacientes com longos períodos de hospitalização. As feridas infectadas são quase todas causadas pela própria microbiota da pele humana. O estudo apontou a importância do isolamento dos microrganismos através da realização de cultura da secreção para definir qual o tratamento mais adequado a ser utilizado.

https://doi.org/10.55660/revfho.v7i1.33
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