Funcionamento do Luminol e sua utilização para a identificação de sangue latente
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Palavras-chave

Luminol
Quimiluminescência
Sangue latente

Como Citar

SOUZA, . S. de; FERREIRA, . A. Funcionamento do Luminol e sua utilização para a identificação de sangue latente. Revista Científica da FHO|Uniararas, Araras, SP, v. 6, n. 1, p. 37–46, 2018. DOI: 10.55660/revfho.v6i1.52. Disponível em: https://ojs.fho.edu.br:8481/revfho/article/view/52. Acesso em: 9 out. 2024.

Resumo

Popularmente conhecido por apresentar certa peculiaridade em sua reação, o luminol apresenta-se como um composto sólido que possui um mecanismo de reação extremamente complexo. Ao reagir mediante suas condições requeridas, o luminol apresenta quimiluminescência, ou seja, emissão de uma dada quantidade de energia em forma de luz, na coloração azul. Esta emissão ocorre devido à formação do composto 3-amino-ftalato em seu estado excitado. Contudo, há duas maneiras de se obter o 3-aminoftalato, podendo ocorrer por meio da decomposição do endo-peróxido ou do α-hidroxi-hidroperóxido. Entretanto, constatou-se que a reação do luminol necessita de um catalisador para ocorrer de forma imediata, podendo-se utilizar metais de transição para essa finalidade. Consequentemente, a partir de estudos realizados, observou-se que o sangue pode agir como catalisador desta reação, por possuir ferro em sua composição. A partir dessa descoberta, a Polícia Forense adotou a utilização do luminol para detectar sangue latente em locais de crime, visto que esse composto possui extrema sensibilidade e eficiência para tal finalidade. Dessa maneira, o propósito desta revisão bibliográfica é compreender os diversos mecanismos de reação do luminol, bem como sua sensibilidade de reagir na presença de sangue latente.

https://doi.org/10.55660/revfho.v6i1.52
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