Resumo
Desde a Revolução Industrial, no século XVIII, o homem aproveita sua extensa capacidade produtiva para satisfazer suas necessidades materiais e anseios econômicos. O meio natural demonstra sintomas e o paradigma dos recursos inesgotáveis se mostra uma ilusão. A construção civil chama atenção pela quantidade de resíduos gerados, sendo que a maioria desses descartes são tratados como rejeitos à medida que sua reutilização/reciclagem é barrada por inviabilidade técnica-econômica. Nesse sentido, o gesso, que é proveniente da gipsita, é um material muito comum na construção civil. Sua maleabilidade tem se adaptado às necessidades da arquitetura e sua aplicação é crescente. A resolução 307 do CONAMA regulamenta o gesso como resíduo classe C, ou seja, aquele que a reciclagem é tecnicamente inviável. Por isso, reciclar gesso como agregado miúdo em concretos é alternativa audaciosa. Os ensaios comprovaram que traços de substituição total do agregado por gesso é inviável, alcançando tensão resistente de 0MPa. Porém, a substituição parcial de 50% da areia do traço por pó de gesso se mostrou alternativa viável e os corpos ofereceram tensão resistente de até 7,50MPa. A fabricação de blocos de vedação é utilização válida para tais concretos.
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