A influência do método pilates na paralisia cerebral do tipo diparesia espástica
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Palavras-chave

Método Pilates
Paralisia Cerebral
Diparesia Espástica

Como Citar

ZANOBI, . F. de A.; SILVA, . L. da. A influência do método pilates na paralisia cerebral do tipo diparesia espástica: relato de caso. Revista Científica da FHO|Uniararas, Araras, SP, v. 4, n. 1, p. 59–67, 2016. DOI: 10.55660/revfho.v4i1.64. Disponível em: https://ojs.fho.edu.br:8481/revfho/article/view/64. Acesso em: 9 out. 2024.

Resumo

Pode-se dizer que indivíduos com paralisia cerebral do tipo diparesia espástica possuem alteração do tônus muscular e da postura, o que interfere na função dos músculos e na marcha. O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência do Método Pilates (MP) quanto ao alinhamento postural, à flexibilidade, à descarga de peso, à velocidade da marcha e à força e tônus muscular de pacientes acometidos por esse tipo de paralisia. Participaram do estudo dois indivíduos (A/B) em um programa de intervenção com exercícios do MP em aparelhos, no solo e com acessórios durante 12 semanas (50 minutos cada sessão), duas vezes por semana, totalizando, assim, 24 sessões. Os momentos pré e pós-programa foram caracterizados por avaliação postural (Biofotometria Computadorizada), avaliação de flexibilidade (Banco de Wells), avaliação de descarga de peso (Podoscópio), avaliação de velocidade da marcha (Protocolo de Cerny), avaliação de força muscular (Kendall) e avaliação de tônus muscular (Escala de Asworth  Modificada). Foram encontradas diferenças pré e pós-programa de intervenção do MP em ambos os sujeitos (A/B) quanto aos valores de alinhamento postural, flexibilidade, descarga de peso, velocidade da marcha e força e tônus muscular. Conclui-se que o Método Pilates influenciou na melhora de todos os aspectos observados em ambos os sujeitos.

https://doi.org/10.55660/revfho.v4i1.64
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