Percepções de uma equipe multiprofissional atuante no programa saúde na escola
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Palavras-chave

Saúde
Criança
Escola

Como Citar

MORAES, . C. D. de; PAES, . A. D. C. Percepções de uma equipe multiprofissional atuante no programa saúde na escola. Revista Científica da FHO|Uniararas, Araras, SP, v. 4, n. 1, p. 1–9, 2016. DOI: 10.55660/revfho.v4i1.68. Disponível em: https://ojs.fho.edu.br:8481/revfho/article/view/68. Acesso em: 9 out. 2024.

Resumo

O Programa Saúde na Escola (PSE), política intersetorial da Saúde e da Educação, foi instituído em 2007 a fim de promover saúde e educação de forma integrada a crianças, adolescentes, jovens e adultos. Este estudo, que é de natureza descritiva, transversal e
qualitativa, visa identificar os pontos positivos e negativos desse programa de acordo com a percepção dos profissionais que atuam em um PSE. A pesquisa de campo foi realizada junto à equipe atuante em um PSE de um município do interior do Estado de São Paulo e contou com a participação de 13 profissionais da Saúde e da Educação. Como resultados foram identificados os seguintes temas: potencialidades percebidas; fragilidades apontadas; ações desenvolvidas e sugestões possíveis relacionadas ao PSE no respectivo município. As categorias elencadas por tema foram: detecção de agravos de saúde; atuação multiprofissional e desenvolvimento de parcerias; prevenção e promoção de saúde; falta de recursos humanos e de tempo para o desenvolvimento das ações; sobrecarga de funções e falta de comprometimento profissional; falta de divulgação e autorização para a implantação do programa; realização de triagem para detecção de problemas de saúde; aplicação de medidas profiláticas e de combate a verminoses; realização de palestras educativas; aquisição de recursos humanos exclusivos ao PSE; estruturação e organização do PSE já implantado, principalmente no que se refere à integração entre a equipe; e divulgação do PSE para obter maior participação dos pais. Frente ao estudo, pode-se dizer que, embora as ações no município sejam realizadas de acordo com as especificações do programa, a implantação efetiva não é clara, seja por motivos estruturais ou de planejamento. Sugere-se, então, que o município estudado repense a atuação do programa e planeje uma nova forma de agir, a fim de minimizar as fragilidades e potencializar os aspectos positivos encontrados. 

https://doi.org/10.55660/revfho.v4i1.68
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