Resumo
O desinteresse de alunos das novas gerações que hoje ingressam no Ensino Superior é sentido cotidianamente pelos professores. Com relação a esses alunos, denominados nativos digitais, conforme apontam diversos autores, é difícil manter apenas uma estratégia de ensino. Por isso, para o professor faz-se necessário entender as características desses jovens, tentar aproveitar ao máximo as habilidades que já possuem e contribuir para o desenvolvimento de outras. Segundo pesquisas feitas pelo IBGE (2011), 98% dos jovens no Ensino Superior já acessaram a internet. Diante desse contexto, este artigo tem como objetivo discutir as possibilidades de utilização das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação no Ensino Superior como ferramentas para incentivar a autonomia nos estudos de Química e tornar a aprendizagem mais dinâmica, desde que propiciem aos alunos condições de crescimento intelectual e de apropriação crítica dos conteúdos, não os submetendo somente a um pensamento instrumental e operacional. O artigo foi elaborado a partir de estudos teóricos realizados por meio de revisão bibliográfica.
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