Síntese evolutiva dos marsupiais (mammalia: metatheria)
PDF

Palavras-chave

Marsupiais
Evolução
Paleontologia
Fósseis

Como Citar

CABRAL, . V. B. Síntese evolutiva dos marsupiais (mammalia: metatheria). Revista Científica da FHO|Uniararas, Araras, SP, v. 3, n. 2, p. 73–84, 2015. DOI: 10.55660/revfho.v3i2.82. Disponível em: https://ojs.fho.edu.br:8481/revfho/article/view/82. Acesso em: 22 nov. 2024.

Resumo

A classe dos mamíferos possui uma história evolutiva que remonta o final do Triássico e todo um extenso contexto norteado pelo registro fóssil incompleto que a paleontologia reuniu ao longo de anos de escavação e coleta. Os primeiros mamíferos em condições razoavelmente preservados são do Jurássico Inferior (KERMACK, MUSSETT e RIGNEY, 1973, 1981; JENKINS e PARRINGTON, 1976), cujos espécimes são minúsculos, com crânios variando de 20 a 30 mm, corpo com cerca de 150 mm e aparência semelhante aos atuais musaranhos. Os mamíferos modernos se dividem em placentários, marsupiais e monotremos, e, a despeito do escasso material fóssil, os marsupiais possuem uma história evolutiva peculiar e relações filogenéticas complexas, de maneira a trazer este grupo como foco especial deste trabalho. Provavelmente os marsupiais surgiram durante o Cretáceo Inferior na Ásia e, a partir deste momento, dispersaram-se para a América do Norte e, logo após, para a América do Sul e Australásia (SZALAY, 1994).  Geralmente se aceita que os marsupiais australianos compõem um clado diferente daqueles das Américas, o que é confirmado por meio de análises moleculares recentes (AMRINE-MADSEN et al., 2003). Por muitos anos a distribuição separada dos marsupiais foi estabelecida como um enigma e, assim, foram propostas várias teorias paleobiogeográficas a fim de explicá-lo.

https://doi.org/10.55660/revfho.v3i2.82
PDF

Referências

AMRINE-MADSEN, H. et al. Nuclear gene sequences provide evidece for the monophyly of australidelphian marsupials. Molecular Phylogenetics and Evolution, n. 28, p. 186-96, 2003.

ARCHER, M.; GODTHELP, H.; HAND, S. J. Early Eocene marsupial from Australia. Kaupia, n. 3, p. 193-200, 1993.

BBC WALKING WITH DINOSAURS: PREHISTORIC PLANET. Disponível em: http://www.bbcearth.com/prehistoricplanet/modal/alphadon/. Acesso em: 14 dez. 2015.

BENTON, M. J. Paleontologia de Vertebrados. 3. ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2008.

BONAPARTE, J. F. Approach to the significance of the Late Cretaceous mammals of South America. Berliner Geowissenschaftlichen Abhandlungen, v. 13, p. 31-44, 1994.

CARVALHO, I. S. Paleontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2004.

DEVIANTART. Disponível em: http://yoult.deviantart.com/art/Vincelestesneuquenianus-289610104. Acesso em: 11 dez. 2015.

DISCOVERY LIFE. Disponível em: http://www.discoverlife.org/mp/20q?search=Microbiotheriidae. Acesso em: 30 nov. 2015.

FLANNERY, T. F. Hindlimb structure and evolution in the kangaroos (Marsupialia: Macropodoidea). In: RICH, P. V.; THOMPSON, E. M. (Eds.). The Fossil Vertebrate Record of Australia. Clayton: Monash University Press, 1982.

FLOWER, W. H.; LYDEKKER, R. An introduction to the study of Mammals, Living and Extinct. Evans: London, 1891.

JENKINS, F. A.; PARRINGTON, F. R. The postcranial skeletons of the Triassic mammals Eozostrodon, Megazostrodon and Erythotherium. Philosophical Transactions of the Royal Society., n. 173, p. 387-431, 1976.

JONES, M.; DICKMAN, C.; ARCHER, M. Predators with Poches: The Biology of Carnivorous Marsupials. CSIRO Publishing: Melbourne, 2003.

KERMACK, K. A.; MUSSETT, F.; RIGNEY, H. W. The lower jaw of Morganucodon. Zoological Journal of the Linnean Society., n. 53, p. 87-115, 1973.

MARSHALL, L. G. Systematics of the South American marsupial family Caenolestidae. Fieldiana, Geology, n. 5, 1-145, 1980.

MARSHALL, L. G.; MUIZON, de C. The dawn of the age of mammals in South America. National Geographic Research., n. 4, p. 23-25, 1988.

MUIZON, de C.; CIFELLI, R. L. The “Condylarths” (archaic Ungulata, Mammalia) from the Early Paleocene of Tiupampa (Bolivia): implications on the origin of the South America ungulates. Geodiversitas., n. 22, p. 47-150, 2000.

MUIZON, de C.; CIFELLI, R. L. A new basal “didelphoid” (Marsupialia, Mammalia) from the Early Paleocene of Tiupampa (Bolivia). Journal of Vertebrate Paleontology., n. 21, p. 87-97, 2001.

MUIZON, de C.; CIFELLI, R. L.; PAZ, R. C. The origin of the dog-like borhyaenoid marsupials of the South America. Nature., 389, 486-489, 1997.

NICHOLSON, H. A.; LYDEKKER, R. L. A Manual of Palaeontology. Blackwood: Edinburgh, 1889.

PALÉOTHÈQUE. Disponível em: http://www.paleotheque.fr/vertebres/photo.php?fiche=165&nbphotos=5. Acesso em: 11 dez. 2015.

RIGGS, E. S. A new marsupial saber-tooth from the Pliocene of Argentina and its relationships to other South American predacious marsupials. Transactions of the American Philosophical Society, n. 24, 1-32, 1934.

SINCLAIR,W. J. Mammalia of the Santa Cruz beds: Marsupialia. Report of the Princeton University Expedition to Patagonia, n. 4, 333-460, 1906.

SPRINGER, M. S.; KIRSCH, J. A.W.; CASE, J. A. The chronicle of marsupial evolution. In: GIVNISH, T. J.; SYTSMA, K.J. (Eds.). Molecular evolution and adaptive radiation. Cambridge University Press: New York, 1997.

SPRINGER, M. S. et al. The origin of the Australasian marsupial fauna and the phylogenetic affinities of the enigmatic monito del monte and marsupial mole. Proccedings of the Royal Society of London, n. 265, p. 2381-2386, 1998.

SZALAY, E. S. Evolutionary History of the Marsupials and an Analysis of the Osteological Characters. Cambridge University Press: Cambridge, 1994.

TYNDALE-BISCOE, H. The life of marsupials. CSIRO Publishing, 2005. UNIPROT CONSORTIUM. Disponível em: http://www.uniprot.org/. Acesso em: 22 nov. 2015.

WESTERN AUSTRALIAN MUSEUM. Disponível em: http://www.museum.wa.gov.au/cave/cavesearching-australias-forgotten-beasts. Acesso em: 15 nov. 2015.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2015 Marcus Vinicius Bonafé Cabral

Downloads

Não há dados estatísticos.