Estudo químico das principais vias do metabolismo secundário vegetal
PDF

Palavras-chave

Plantas
Metabolismo vegetal
Biossíntese

Como Citar

BARRETO, . F.; GASPI, . O. G. de; OLIVEIRA, . F. de. Estudo químico das principais vias do metabolismo secundário vegetal: uma revisão bibliográfica. Revista Científica da FHO|Uniararas, Araras, SP, v. 8, n. 1, p. 60–72, 2020. DOI: 10.55660/revfho.v8i1.11. Disponível em: https://ojs.fho.edu.br:8481/revfho/article/view/11. Acesso em: 9 out. 2024.

Resumo

O reino vegetal engloba vasta disponibilidade e variedade de plantas utilizadas pelo homem, desde os primórdios como formas de prevenção e/ou cura para enfermidades, tanto físicas quanto psicológicas. Para o estudar-se as plantas, é necessário entender o significado de metabolismo. Sendo, então, uma característica de todos seres vivos, definindo-se como: “conjunto de reações químicas que ocorrem no interior das células”. Em células vegetais, é dividido entre metabolismo primário e secundário; o primário é o conjunto de processos que desempenham função essencial nas plantas, como a fotossíntese; o secundário envolve processos responsáveis pelas relações entre o indivíduo e o ambiente onde se encontram, apresentando caráter adaptativo, tal como produzirem as próprias defesas. Com isso, a partir do levantamento e seleção de materiais publicados em bases científicas e livros da área, esta revisão bibliográfica tem como objetivo mostrar a importância química dos metabólitos secundários no organismo do vegetal, e demonstrar a relevância do estudo da diversidade vegetal na identificação de substâncias ativas, componentes que apresentam caráter terapêutico e/ou tóxico. Além do conhecimento sobre os processos de biossíntese dos metabólitos secundários: terpenos, compostos fenólicos e alcaloides. Como resultados, tem-se que cada espécie vegetal produz um conjunto de substâncias químicas com uma variedade de funções, conforme as suas necessidades de desenvolvimento e defesa. Pode-se observar que todos os metabólitos secundários originam-se a partir da glicose, em duas vias principais: do ácido chiquímico e da acetil-CoA. Os terpenos são biossintetizados a partir da acetil-CoA; os compostos fenólicos por ambas as vias; e os alcaloides de aminoácios aromáticos e alifáticos, os quais são originados do ácido chiquímico. Conclui-se que é importante o estudo do funcionamento e da ação efetiva dos metabólitos secundários nas plantas para compreensão de seus mecanismos de defesa e possível execução dessas aplicações em técnicas terapêuticas.

https://doi.org/10.55660/revfho.v8i1.11
PDF

Referências

ALMEIDA, D. F. L. dos S. Estudo das Vias Metabólicas das Plantas na Síntese de Pigmentos Naturais. UFP – Faculdade de Ciências da Saúde. Porto, Portugal. 2017.

ANDRADE, S.F. et al. Anti-inflammatory and Antinociceptive Activities of Extract, Fractions and Populnoic Acid from Bark Wood of Austroplenckia populnea. Journal of Ethnopharmacoly. 2007.

ANGELO, P. M.; JORGE, N. Compostos Fenólicos em Alimentos: Uma Breve Revisão. Rev. Inst. Adolfo Lutz, São Paulo, v. 66, n. 1. 2007.

BARCELLOS, M. Eletroforese Capilar na Determinação Rápida de Nitrato e Nicotina em Diferentes Amostras. Mestrado em Química. UFSC, Florianópolis SC. 2012.

BRAVO, L. Polyphenols: Chemistry, Dietary Sources, Metabolism and Nutriotion Significance. Nutr Rev. 1998.

CAETANO, M. J. L. Borracha de Poliisopreno (IR). Ciência e Tecnologia da Borracha. Disponível em https://www.ctborracha.com/. 2010.

CALIXTO, J. B. Twenty-five Years of Research on Medicinal Plants in Latin America: A Personal View. Journal of Ethnopharmacology. v. 100, p. 131-134, 2005.

DUTRA, F. L. G. Compostos Fenólicos e Metilzantinas em Erva-mate Armazenada em Sistemas de Estacionamento Natural Acelerado. Mestrado em Tecnologia de Alimentos. UFPR, Curitiba PR. 2009.

FELIPE, L. O.; BICAS, J. L. Terpenos, Aromas e a Química dos Compostos Naturais. Química Nova. v. 39, n. 2, p. 120-130. São Paulo. 2017.

GARCIA, A. A.; CARRIL, E. P-U. Metabolismo Secundário de Plantas. Reduca (Biologia). Serie Fisiologia Vegetal, Madrid, v. 2, n.3, p. 119-145. 2009.

GUEDES, V. R. Estudo Fitoquímico do Extrato Hexânico e dos Óleos Voláteis de Acriptopappus micropappus. 162 p. Mestrado em Química. Instituto de Química. UFBA, Salvador BA. 2004.

LEMOS, A. R. Caracterização Fisico-quimica, Bioquímica e Avaliação da Atividade Antioxidante em Genótipos de Urucueiros (Bixa orellana L.). Mestrado em Engenharia de Alimentos. UEBA, Itapetinga BA. 2008.

LÓPEZ, C. A. A. Considerações Gerais Sobre Plantas Medicinais. Ambiente: Gestão e Desenvolvimento. v. 1, p. 19-27. Boa Vista. 2006.

MARTINS, C. de M. Estudo Químico, Atividade Antioxidante, Atividade Antimicrobiana e Análise do Óleo Essencial da Espécie Kielmeyera coriacea Mart. & Zucc (Pau-santo) do Cerrado. Instituto de Química. UFU, Uberlândia. 2012.

MCMURRY, J. Química Orgânica - Combo. ed 7, p. 1344. Cengage Learning. SP. 2011.

QUEIROZ, C. R. A. Dos A.; MORAIS, S. A. L. De; NASCIMENTO, E. A. Caracterização dos Taninos da Aroeira-Preta (Myracrodruon urundeuva). Revista Árvore. v.26, p.485-492. Viçosa MG. 2002.

ROCHA, E. O. Avaliação dos Constiuintes Fenólicos e Voláteis, Atividade Antioxidante e Antimicrobiana de Campomanesia pubenscens O. Berg (Gabiroba). Mestrado em Química. UFU, Uberlândia MG. 2011.

SANTANA, L. O. et al. Aspectos Químicos e Farmacológicos da Codeína. Simpósio de Ciências Farmacêuticas. Centro Universitário São Camilo. 2014.

SILVA, D. G. Isolamento e Caracterização do Óleo Essencial da Lippia alba (Mill.) N. E. Brown (Erva Cidreira) e Investigação da Atividade Biológica. UFSC. 2008.

SIMÕES, C. M. O et al. Farmacognosia: Da planta ao Medicamento. 6.ed. Porto Alegre; Florianópolis. 2010.

SIMÕES, C. M. O. et al. Farmacognosia: Do Produto Natural ao Medicamento. Porto Alegre: Artmed. 2017.

SOARES, Sergio Eduardo. Ácidos Fenólicos como Antioxidantes. Rev. Nutr., Campinas SP, v. 15, n. 1, p. 71-81. 2002.

TAIZ, L; ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. 3 ed. Porto Alegre: Armed Editora, 2004.

UEFUJI, H.; OGITA, S.; YAMAGUCHI, Y.; KOIZUMI, N.; SANO, H. Molecular cloning and functional characterization of three distinct methyltransferases involved in the caffeine biosynthetic pathway in coffee plants. Plant Physiology, 132:372-380, 2003.

VASCONCELOS, Y. Qual é o Veneno Mais Venenoso do Mundo? Revista Super Interessante. Mundo Estranho - Saúde. Disponível em https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-e-o-veneno-mais-venenoso-do-mundo/. 2009.

VIZZOTTO, M. et al. Metabólitos Secundários Encontrados em Plantas e sua Importância. Embrapa Clima Temperado. Pelotas, RS. 2010.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Suzana Ferraz Barreto, Fernanda Oliveira Gaspari de Gaspi, Célia Figueiredo de Oliveira

Downloads

Não há dados estatísticos.