A importância do metabolismo anaeróbico no futebol
PDF

Palavras-chave

Futebol
Metabolismo energético
Adaptação fisiológica

Como Citar

CUNHA, . G. da; OLIVEIRA, . C. de. A importância do metabolismo anaeróbico no futebol. Revista Científica da FHO|Uniararas, Araras, SP, v. 5, n. 2, p. 46–53, 2017. DOI: 10.55660/revfho.v5i2.146. Disponível em: https://ojs.fho.edu.br:8481/revfho/article/view/146. Acesso em: 9 out. 2024.

Resumo

O futebol é uma modalidade esportiva intermitente e acíclica, com constantes alternâncias de intensidade e ações. Essas modificações durante uma partida de futebol exigem que o futebolista seja capaz de vencer a resistência e suportar cargas intensas da maneira mais eficiente possível. Várias investigações acerca da capacidade fisiológica e do padrão de atividades do jogador durante uma partida de futebol permitiram constatar que a grande maioria das ações são aeróbias. Dessa forma, pode-se afirmar que o jogador passa a maior parte do jogo em caminhada ou trote de baixa intensidade. Para chegar nesta constatação, essas investigações utilizaram, na maioria das vezes, os seguintes indicadores: limiar anaeróbio (LA), consumo de oxigênio máximo (VO2máx), frequência cardíaca, intensidade de esforço, concentrações de lactato, distância percorrida, duração, número de sprints, intensidade das ações realizadas e relação entre tempo de atividade e pausa. No entanto, essas investigações também demonstram que as ações decisivas em uma partida de futebol, ou seja, aquelas que definem uma disputa de bola ou que, muitas vezes, ajudam a realizar ou evitar um gol são anaeróbias. Sendo assim, o futebolista, dada a demanda variada de intensidade de esforço numa partida, tem de privilegiar no seu treino características tão distintas como o desenvolvimento da força explosiva, da velocidade, da agilidade, da flexibilidade, da resistência aeróbia e anaeróbia, de forma harmônica e conjugada. Dessa maneira, o propósito desta investigação é rastrear a capacidade fisiológica e física dos atletas durante uma partida, e assim demonstrar a importância do metabolismo anaeróbio no futebol.

https://doi.org/10.55660/revfho.v5i2.146
PDF

Referências

ARRUDA, M.; HESPANHOL, J.E. Capítulo 1: Perfil fisiológico e físico do futebol. In:______. (Org). Treinamento de Força em Futebolistas. São Paulo: Phorte, 2009. p.15-24.

BANGSBO, J.; NORREGAARD, L. & THORSOE, F. Activity profile of competition soccer. Canadian Journal of Sports Science, .16, p.110-116, 1991.

BANGSBO, J.; MOHR, M. & KRUSTRUP, P. Physical and metabolic demands of training and match-play in the elite football player. Journal of Sports Science, v. 24, n. 7, p. 665-674, 2006.

BARBIERI, F.; BENITES, L.C.; SOUZA NETO, S. Os sistemas de jogo e as regras do futebol: considerações sobre suas modificações. Motriz, Rio Claro, v.15, n.2, p. 427-435, abr./jun. 2009.

BARROS, N.C.C. A Resistência Aeróbia no Futebol. 2008. 71 f. Monografia (Licenciatura em Desporto e Educação Física) – Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Porto.

BARROS, T.L; GUERRA, I. Ciência do Futebol. Barueri: Manole, 2004. 338p

BRADLEY, P.S. et al. High-intensity activity profiles of elite soccer players at different performance levels. Journal of Strenght and Conditioning Research, nov. 2009. DOI: 10.1519/JSC.0b013e3181aeb1b3

BRAGHIN, R.S. Respostas da frequência cardíaca de atletas de futebol juvenil durante três jogos oficiais. 2007. 97 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba.

BRAZ, T.V. et al. Modelo competitivo da distância percorrida por futebolistas na UEFA Euro 2008. Revista Brasileira de Ciência do Esporte, v.31, n.3, p.177-191, maio 2010.

FLORIANO, L.T. et al. Influência de uma temporada no pico de velocidade e no limiar anaeróbio de atletas de futebol. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, São Paulo, v.1, n.3, p.259-269, set./out./nov./dez. 2009.

GOMES, A. C.; SOUZA, J. Capítulo 2: Atividade motora realizada pelo futebolista durante o jogo. In:______. (Org). Futebol: treinamento desportivo de alto rendimento. Porto Alegre: Artmed, 2008. p.29-51.

NUNES, R.F.H. et al. Comparação de indicadores físicos e fisiológicos entre atletas profissionais de futsal e futebol. Motriz, Rio Claro, v.18, n.1, p.104-112, jan./mar. 2012.

PROIA, P. et al. Lactate as a Metabolite and a Regulator in the Central Nervous System. International journal of molecular sciences, v. 17, n. 9, p. 1450, 2016.

SANTOS, P.J.M.; SOARES, J.M. Capacidade aeróbia em futebolistas de elite em função da posição específica no jogo. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, v.1, n.2, p.7-12, 2001.

SILVA, J.F. et al. Aptidão aeróbia e capacidade de sprints repetidos no futebol: comparação entre posições. Motriz, Rio Claro, v.15, n.4, p.861 870, out./dez. 2009.

SILVA, P. R. S. et al. A Importância do Limiar Anaeróbio e do Consumo Máximo de Oxigênio (VO2 máx.) em Jogadores de Futebol. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v.5, n.6, p.225-232, 1999.

STOLEN, T. et al. Physiology of Soccer. Sports Medicine, v.35, n.6, p.501-536, 2005.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2017 Renato Gheller da Cunha; João Carlos de Oliveira

Downloads

Não há dados estatísticos.